Os estudantes Jean Lucas Guerino da Silva, Igor Birelo Sanches, Juliana de Pinho Balielo, Paloma da Silveira, Thayminne Temístocle Bergamo, Nag Rif Aguiar Sanroman, Paulo Evandro da Silva e Marcos Akira Umeno promoveram junto aos professores Luis Fabiano Zanatta e Ellen de Souza Marquez ações que tinham como objetivo levar conhecimento através de oficinas às comunidades atendidas no Acre, bem como proporcionar aos estudantes a experiência única de extensão que é ser rondonista.
“Em um projeto social, normalmente o beneficiado é a pessoa carente. No Projeto Rondon, os maiores beneficiados são os estudantes e professores voluntários que têm sua visão de vida e da realidade ressignificada e transformada, e a premissa é verdadeira: ‘Rondon é lição de vida e de cidadania’”, relata a professora Ellen. Ao todo, cerca de 1500 pessoas participaram das 41 oficinas e 7 minicursos ministrados pelos estudantes da UENP em Feijó, que fica 369 km distante de Rio Branco, capital acreana.
Os relatos dos estudantes sobre o Rondon não são menos intensos, como mostram as lembranças compartilhadas pela estudante de Letras Português/Inglês, Thayminne Bergamo. “Um cruzar de histórias que realmente nos faz entender o que é empatia, uma troca sem julgamentos, que faz crescer. Isso nos relembra a importância da humanidade, de olhar o outro e estar disposto a ajudar. Levamos um conhecimento que trazia aprendizagem por outros ângulos, não findado, que com as discussões junto aos feijoenses se fortaleceram. Oficinas que realmente poderiam ser multiplicadas, e foram. Que alegria ver um produto novo em cima de um primeiro passo apresentado”, relembra.
“O Rondon foi muito mais do que eu pensava, foi a experiência mais incrível que já vivi. Foram dias intensos, que me fizeram reconhecer outros valores da vida. Convivendo em diferentes contextos e culturas, descobri que se a adaptar a diversas situações não é tão difícil quanto parece, quando corpo, alma e coração estão dispostos a aprender muito mais do que ensinar. Lá aprendi que as grandes realizações da vida vem muito mais do querer, do que do poder. E digo ainda, foi lindo, foi incrível, foi intenso, foi Rondon e será pra sempre no meu coração”, destaca a estudante de Enfermagem, Juliana Balielo.
Para o estudante de Ciências Biológicas, Marcos Akira, o Rondon foi uma das melhores experiências de sua vida. “Estar junto de pessoas que antes não conhecia e desenvolver uma relação tão forte é incrível. Juntos por uma ação maior do que imaginávamos, e tão rica de vida e cidadania. Poder fazer a diferença na vida de alguém é algo que nos preenche e nos faz repensar diversas atitudes que temos em nosso cotidiano. Rondon é para o outro e com o outro, é junto viver e experienciar, é crescer indo a lugares que muito não se têm, que muito não se sonha, mas muito quer atenção e um olhar de esperança”, conta.
O coordenador da ação da UENP no Rondon, professor Luiz Fabiano Zanatta, destacou o sucesso da atuação dos rondonistas. “Foi uma experiência incrível para todos. Uma das Operações que participei que mais entregou produtos concretos. Até o final, você já via multiplicadores fazendo o que a gente havia ensinado. Foi fantástico! E assim, a experiência com as populações ribeirinhas foi um aprendizado único e talvez sem possibilidade de acontecer de novo”.